O câncer de próstata, quando diagnosticado precocemente, tem altos índices de cura. Nos casos tratados com cirurgia, existe risco de recidiva recorrência?
Após cirurgia de câncer de próstata
O principal exame, ou marcador tumoral, utilizado para monitorar pacientes operados por câncer de próstata é o PSA (Antígeno Prostático Específico).
Espera-se que os níveis de PSA caiam abaixo de 0,07 ng/dl em média, após trinta dias da cirurgia. No primeiro ano, deve-se realizar monitoramento dos níveis de PSA a cada três meses.
E se o PSA voltar a subir?
Quando o valor de PSA sobe a níveis acima de 0,2 ng/dl denominamos de “recorrência bioquímica”.
Na recorrência bioquímica não ocorrem sintomas e não há sinais detectáveis de recidiva local ou metástase. Mesmo nestes casos, a evolução da doença costuma ser lenta.
Estudos demonstram que, em pacientes com recidiva bioquímica detectada e ainda assim não tratados, a chance de desenvolvimento de metástases gira em torno de 30%, com uma sobrevida média de 10 anos.
Mas é possível predizer as chances de um paciente operado por câncer de próstata apresentar recidiva da doença?
Sim! Para isso, analisamos dois fatores principais:
- Valor do PSA prévio ao tratamento
- Escore de Gleason (mede o grau de agressividade do tumor).
Assim, pacientes com PSA pré-tratamento abaixo de 10 e escore de Gleason abaixo de 7 têm menor chance de apresentar recidiva bioquímica.
Tratamento
O tratamento em pacientes com recidiva bioquímica pode ser variado. As alternativas mais utilizadas incluem radioterapia ou deprivação androgênica (bloqueio da produção de testosterona pelo organismo).
A recidiva do câncer de próstata tem tratamento e não necessariamente se correlaciona com ocorrência de metástases ou aumenta o risco de morte pela doença.