

Já ouviu falar em cirurgia minimamente invasiva para câncer de rim? Vamos tentar explicar um pouco neste vídeo.
Câncer de rim
O câncer de rim quando diagnosticado precocemente tem altos índices de cura e pode ser tratado com técnicas de cirurgia minimamente invasiva, proporcionando rápida recuperação ao paciente.
O tipo mais comum de tumor renal é chamado de carcinoma de células renais e representa cerca de 3% de todos os cânceres sendo que nas últimas duas décadas tem se observado um aumento na incidência em torno de 2% ao ano.
Ocorre com maior frequência na faixa etária entre 60 a 80 anos, sendo 50% mais comum em homens quando comparado às mulheres.
Mas quais são os fatores de risco para o câncer de rim?
São três os principais fatores associados a maior chance de desenvolver a doença:
- obesidade
- consumo de cigarros
- hipertensão
E como diagnosticamos um tumor de rim?
A maioria dos tumores de rim são assintomáticos e o seu diagnóstico ocorre de um modo que denominamos de “incidental”, ou seja, por acaso.
Atualmente, com a disseminação e o uso frequente de exames de imagem na população, seja ultrassom, tomografia ou ressonância para o diagnóstico de outras doenças, tornou-se muito comum a detecção ao acaso do que chamamos de “massas renais”. Isto levou a duas consequências:
- Primeiro, um aumento da incidência, justamente pelo maior número de casos diagnosticados incidentalmente.
- Segundo, uma diminuição da mortalidade, visto que com estes exames é possível a detecção de tumores cada vez menores, de estágio localizado e passíveis de tratamentos menos agressivos.
Quais são as opções de tratamentos minimamente invasivos para o câncer de rim?
Primeiro, vamos falar da ablação percutânea, indicada para tratamento de pequenas massas renais que medem de 2 a 3 cm. É um procedimento realizado com auxílio de tomografia, que guia o acesso e o posicionamento de uma agulha dentro do tumor renal. Esta agulha realiza a cauterização do tumor com radiofrequência ou crioterapia.
Mas a maior revolução no tratamento do tumor de rim tem sido o uso da cirurgia robótica. Com o auxílio do robô em cirurgias, hoje é possível o tratamento cada vez mais frequente de tumores renais volumosos com a possibilidade de preservação do rim afetado. Até pouco tempo atrás, o padrão em tratamento de tumores renais era a retirada do rim inteiro, o que chamamos de nefrectomia radical. Porém, com os recentes avanços em cirurgia e principalmente, com o uso de plataformas robóticas, a retirada do tumor com a preservação do rim afetado, que denominamos de nefrectomia parcial, tem se tornado possível, com maior segurança ao paciente e resultados oncológicos eficazes.
Como é feita a cirurgia robótica
Na cirurgia robótica, os acessos são realizados por pequenos orifícios no abdômen, como na laparoscopia, onde são inseridos os instrumentos e uma câmera, que são então acoplados aos braços de um robô. Os braços do robô e os movimentos das pinças e da câmera são todos controlados pelo cirurgião, que opera sentado em um console com uma espécie de “joystick”.
O sistema robótico auxilia o cirurgião a realizar o procedimento com mais precisão, livre de tremores, com mais flexibilidade de movimentos além de uma visão aumentada das estruturas e em 3d. Tudo isto se traduz em maior segurança e melhores resultados do ponto de vista oncológico e funcional ao paciente.
Especificamente na nefrectomia parcial, o controle do sangramento após a retirada do tumor é um ponto crítico. Os instrumentos que utilizamos na cirurgia robótica, permitem este controle de maneira rápida e segura, com a aplicação de suturas hemostáticas eficientes.
Dessa maneira, tumores de rim cada vez maiores são tratados com a preservação do rim afetado, de maneira segura e minimamente invasiva. A preservação do rim é importante para pacientes com fatores de risco para desenvolvimento de insuficiência renal, principalmente os hipertensos e diabéticos.
Além disso, podemos citar outras vantagens da cirurgia robótica por se tratar de uma técnica minimamente invasiva, como:
- menos dor
- menor tempo de recuperação
- retorno mais rápido às atividades do dia a dia.
Como falamos no início deste vídeo, o câncer de rim é assintomático e seu diagnóstico incidental na maioria dos casos. Consulte regularmente um urologista e realize exames de rotina!